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IN RECITAL (NUM 1179)
JOHANNES BRAHMS (1833-1897)
Scherzo para Violino e Piano em Dó menor Wo02
Scherzo for Violin and Piano in C minor Wo02
1. Allegro
GABRIEL FAURÉ (1845-1924)
Sonata n.1 para Violino e Piano em Lá Maior Op.13
Sonata n.1 for Violino and Piano in A Major Op.13
2. Allegro molto
3. Andante
4. Scherzo: Allegro vivo
5. Finale: Allegro quasi Presto
OTTORINO RESPIGHI (1879-1936)
Sonata para Violino e Piano em Si menor
Sonata for Violin and Piano in B minor
6. Moderato
7. Andante espressivo
8. Passacaglia: Allegro moderato ma enérgico
PABLO DE SARASATE (1844-1908)
9. Zigeunerweisen Op.20 n.1
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Jornal de Letras, Maria Augusta Gonçalves, Junho de 2009
"Em pouco mais de um ano, o violinista Bruno Monteiro edita o terceiro disco com o pianista João Paulo Santos, depois da estreia da dupla (Debut), nas Sonatas de César Franck e Edvard Grieg, e das 20th Century Expressions, com obras menos divulgadas de Szymanowski, Bloch e Korngold. Agora Bruno Monteiro recorre de novo a um repertório mais conhecido, com origem no Romantismo tardio e nas múltiplas expressões que desde logo abriam vias para as primeiras décadas do século XX, sustentado o título do disco, In Recital, e o nível da exigência técnica das edições anteriores: o Scherzo para violino e piano em Dó menor Wo02, de Johannes Brahms, a 1ª Sonata em Lá Maior Op.13 de Gabriel Fauré, a Sonata em Si menor de Ottorino Respighi, e o Zigeunerweisen, Op.20 n.1, de Pablo de Sarasate. Quatro compositores de diferentes origens: quatro obras ilustrativas de tudo o que os separa e do muito que os aproxima. A peça de Brahms, anterior às grandes obras tardias da música de câmara, sintetiza de algum modo as fundações do romantismo alemão, num ponto de viragem determinante - o início da década de 1850 - prenunciador da sua plenitude. Concebido para o célebre violinista Joseph Joachim, o Scherzo atinge um elevado grau de virtuosismo, desde logo patente no título, Frei, aber einsam, Livre, mas solitário, impondo o «destino» do intérprete. A Sonata de Gabriel Fauré, estreada em Paris em 1877, detém todo o poder de sedução do compositor francês, numa corrente que combina o apuro expressivo da época e uma perspectiva formal inovadora, em grande parte resultante da quase visionária instabilidade tonal aqui explorada. A Sonata em Si menor, de Respighi, abre uma percepção do compositor italiano, para lá dos mais conhecidos e sempre citados retractos sinfónicos da Trilogia Romana. E, no entanto, é como se analisasse ao pormenor a importância do «conjunto orquestral» na sua linguagem, pela permanente «metamorfose» de texturas, na interacção entre o violino e piano. Uma das mais difíceis e fascinantes obras do disco, tanto para o violino como para o piano. Por fim, Zigeunerweisen, a primeira das quatro peças inspiradas em melodias de origem húngara (ou cigana, como o nome indica), do compositor e violinista espanhol Pablo de Sarasate. É uma das mais populares do repertório, um fecho espectacular de recital, com o violino em primeiro plano, num dos mais exigentes desempenhos. Um «encore» de glória. Depois de os desafios colocados ao longo do programa, Bruno Monteiro bem a merece. João Paulo Santos também."
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Público, Cristina Fernandes, Maio de 2009
“Entre os instrumentistas portugueses da nova geração, o violinista Bruno Monteiro avulta como um dos músicos mais qualificados no plano técnico e artístico, o que se reflecte numa actividade musical intensa ao nível dos concertos ao vivo e na construção de uma discografia, que tem sido muito bem recebida pelo público e pela crítica. O programa inclui o "Scherzo" em Dó menor Wo02 de Brahms; a Sonata n.1, op.13, de Gabriel Fauré; a Sonata em Si menor, de Ottorino Respighi; e "Zigeunerweisen" op.20 nº1, de Pablo de Sarasate. Com os seus temas populares húngaros, os seus ritmos dançantes e fortes contrastes, esta última é uma típica peça de encore, que Bruno Monteiro nos devolve com grande energia e desenvoltura, mas o violinista é igualmente bem-sucedido em obras que solicitam outro fôlego no domínio estrutural como as Sonatas de Fauré e Respighi. Estas representam também a continuação de um percurso coerente ao nível estético que demonstra a predilecção por obras do final do século XIX e inícios do século XX com algumas afinidades entre si, iniciado com a gravação da Sonata de César Franck no seu registo discográfico de estreia. A sonoridade brilhante, um discurso musical sempre sustentado com veemência e sentido das tensões, efusões de lirismo nas secções em "cantabile" e um domínio técnico que lhe permite ultrapassar com agilidade as dificuldades da escrita virtuosística são alguns traços do estilo de Bruno Monteiro, que tem no pianista João Paulo Santos o suporte adequado."
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Diário de Notícias, Bernardo Mariano, Abril de 2009
"Terceiro registo de Bruno Monteiro na Numérica, sempre com João Paulo Santos, este "In Recital" alinha duas curtas obras de Brahms (Scherzo em dó m, de 1853) e de Sarasate (Zigeunerweisen op. 20, de 1878) e duas amplas composições de Fauré e Respighi, respectivamente, as sonatas em lá M, Op. 13 (de 1875) e em si menor (de 1916-17), o todo formando um programa de elevada exigência a nível técnico e interpretativo. As interpretações da dupla Monteiro/Santos são todas de muito bom nível e nessa fasquia se equilibram. Abordagem sólida, pensada, com nervo rítmico e expansividade lírica nas doses certas e que atinge por vezes a exuberância."
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Jornal de Notícias, Rui Branco, Março de 2009
"In Recital é o terceiro disco da dupla Bruno Monteiro (violino) /João Paulo Santos (piano), num curto espaço de tempo. Desta feita, Monteiro e Santos interpretam obras de Brahms, Fauré, Respighi e Sarasate. O resultado é francamente aliciante: convida a audições contínuas tamanha é a eficácia com que nos prendem os sentidos. O violino de Bruno Monteiro é cada vez mais poderoso, encontrando em João Paulo Santos o suporte ideal para explanar todo o seu virtuosismo."
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